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Osteopatia

Osteopata, Co-Diretor e docente do Colégio Brasileiro de Osteopatia.

Osteopatia

 A Osteopatia é um método diagnóstico e terapêutico manual das disfunções de mobilidade articular e teciduais em geral, no que consiste em sua participação no aparecimento das enfermidades. Este método baseado no conhecimento profundo da anatomia, fisiologia e biomecânica do corpo foi criado pelo médico americano Dr. Andrew Taylor Still em 1874. Desde então a Osteopatia foi difundida para vários países, sendo que no Brasil é reconhecida como uma especialidade da Fisioterapia (RESOLUÇÃO Nº 220, 23 de maio de 2001.)

            A palavra OSTEOPATIA vem do Grego osteon (osso) e pathos (efeitos que vem do interior), portanto significa “os efeitos internos originários da estrutura”. Still acreditava que as enfermidades, suas causas e tratamentos advêm de desequilíbrios internos que repercutem sobre o corpo, impedindo a comunicação livre entre o sistema nervoso central e todos os outros tecidos.

            Em suas obras, Still descreveu os princípios desta terapia global:

1 – A estrutura governa a função:  Existe uma relação íntima entre as estruturas corporais e suas funções. A doença é resultado de anormalidades anatômicas seguidas de distúrbios fisiológicos.

2 – A unidade do corpo: Cada indivíduo é regulado, coordenado e integrado por funções interdependentes de múltiplas associações anatômicas e fisiológicas. Qualquer separação para propósitos diagnósticos e terapêuticos deve ser evitada, observando o corpo como um todo.

3 – A autocura: O corpo tem em si todos os elementos necessários para eliminar ou reprimir as enfermidades, com a condição que seus “meios” estejam livres para manter ou buscar a homeostase.

4 – A lei da artéria: O sangue é o meio de transporte de todos os elementos que permitem assegurar a imunidade natural. O papel da circulação arterial é fundamental, sendo que sua perturbação pode levar a má nutrição e/ou excreção tecidual.

            Baseado nestes princípios, o foco do tratamento Osteopático é detectar e tratar as chamadas lesões Osteopáticas ou disfunções somáticas, que correspondem à diminuição tridimensional de mobilidade de elementos conjuntivos, caracterizadas por restrições de mobilidade (hipomobilidades).

            Além das repercussões mecânicas destas disfunções, também ocorre um fenômeno neurofisiológico conhecido como facilitação medular, alterando o limiar de excitabilidade dos neurônios relacionados ao segmento medular lesionado.

            Os componentes deste segmento sofrem repercussões negativas:

– Dermalgias reflexas ao nível do Dermátomo.

– Alterações de tônus e presença de pontos gatilhos ao nível do Miótomo.

– Aumento da sensibilidade do periósteo ao nível do Esclerótomo.

– Angioespasmos provocando distúrbios circulatórios ao nível do Angiótomo.

– Distúrbios neurovegetativos viscerais ao nível do Viscerótomo.

            Todos os tecidos inervados pelo segmento em disfunção sofrem conseqüências, causando adaptações em todo o organismo e sintomas distantes dos problemas iniciais.

            A Osteopatia pode ser subdividida em três classes:

OSTEOPATIA ESTRUTURAL

            É relacionada às disfunções músculo-esqueléticas, atuando com foco 

 

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